Hoje, navegando na internet, li a
chamada de uma reportagem “das estrelas” de que a atriz Mayim
Bialik, havia se separado. Conhece ela?
Pois bem, Mayim ficou famosa quando era
nova ao interpretar a “Blossom” em um seriado que foi
bem famoso. Hoje ela é a Dra Amy no “The Big Bang Theory”. Mas não foi
por isso que me chamou a atenção. Mayim também é doutora em
neurociência e escreveu um livro sobre “attachment parentig”.
Chama “Beyond the sling”.
Enfim, procurava informações sobre o
livro e li que ela avisou no blog dela que estava se divorciando e
declarava que isso nada tinha a ver com a (muitas vezes polêmica)
maneira com que ela e o ex escolheram criar seus filhos. Fiquei
pensando nessa declaração. Que triste, em meio a uma separação,
ter que defender a maneira que ela escolheu para criar os filhos.
Há uns tempos assisti a um episódio
dos “Simpsons” chamado “The day the earth stood cool”, em que
o Homer faz amizade com um hippster e resolve que quer ser “cool”.
Raspa os cabelos, muda o visual, começa a fazer programas diferentes
(e “cool”) com os filhos... E no meio do caminho fica a Marge,
que é julgada pelas mulheres do grupo por dar “baby formula” pra
Maggie. Em uma cena ela diz qualquer coisa do gênero “que antes
não tinha essa. Cada família criava seu filho. Hoje em dia você
precisa escolher qual seu estilo de criação” (peço licença caso
esteja errada. Procurei o episódio na net, mas não achei e sei que deve ter uma boa
dose de interpretação minha aí).
Acho que a Marge está certa. Lembro
de, na minha infância, pedir coisas para a minha mãe dizendo “Mas a mãe da fulana deixou” e minha mãe repondia: “Bom pra ela.
Eu sou a sua mãe e eu não deixo.” (ou em casos mais extremos de
ato falho “Azar o dela. Eu não deixo.”). E pronto. Discussão
encerrada.
Fico pensando que, quando a gente se
torna mãe, é inevitável “sofrer” com as dicas, conselhos e
opiniões das pessoas mais próximas, mas vejo que cada dia mais se
debate a criação dos filhos alheios. Não acredita? Leia qualquer
reportagem que aborde o tema, pode ser em portais grandes ou em sites
de revistas especializadas (tipo Crescer) e vá lá no rodapé para
ler os comentários deixados pelos leitores. São, muitas vezes,
cruéis. Isso quando não rola uma briga entre leitores comentadores!
Acho que um dos grandes trunfos da
maternidade é a empatia. Sofremos quando nosso filhos sofrem. Quando
alguém próximo dá à luz, pelo menos eu, sinto um carinho especial
por aquela pessoa, aquele momento. E quando encontramos com outras
mães trocamos figurinhas, dicas e desabafos. Mas sinto que, em meio
a tantos “estilos” de educação, muitas vezes queremos nos
convencer de que estamos fazendo o certo e ficamos intolerantes.
Esquecemos de ter tolerância com a diversidade, condenamos o que não
julgamos correto para as nossas casas e nossos pequenos sem conhecer
a realidade e pensamento do outro.
E aí a pessoa se separa e precisa,
logo de cara, explicar que a maneira que escolheu para criar os
filhos não teve nada a ver. E daí? E se teve? Não vale reavaliar?
Adotou a postura e precisa morrer nela?
Deus me livre. Já mudei tanto de
opinião nos últimos 3 anos (porque na gravidez a gente já começa
a rever tudo) e espero que continue mudando, assim sei que estou
crescendo e aprendendo com o que já vivi (e errei) na companhia
desses dois pequenos incríveis.
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