Quando a Oli fez um ano
decidimos começar a tentar o segundo filho. Queríamos que eles
tivessem entre 2 e 3 anos de diferença, desse jeito brincariam muito
juntos e a gente nem se acostumaria a acordar as 7 ou 8 da manhã pra
criar coragem de começar tudo de novo. Achamos que valia a pena
começar as tentativas, já que dizem que o segundo pode demorar um
pouco, afinal a mãe está cansada e bla bla bla.
Um mês depois comecei a
enjoar de manhã. Ainda esperei umas semanas porque podia ser da
minha cabeça, ou resultado dos meus ovários policisticos tentando
trabalhar. Mas o Adriano ia viajar e resolvemos tirar a duvida de
vez. Às 5 da manhã (a Oli madrugou nesse dia) eu fiz xixi no
palitinho e o resultado foi imediato: já tinha um bichinho crescendo
em mim.
Depois que nasci mãe
(porque mãe também nasce né) eu sempre fiquei pensando que para
decidir o primeiro filho você precisa ser um romântico: ver
propagandas de margarina e querer tudo aquilo, se imaginar levando a
cria para a escola, empurrando a bicicleta... Quando você já sabe
um pouco mais do mundo infantil (como era o meu caso), das duas uma:
ou você sofre um “acidente” ou você quer mas fica na duvida até
o ultimo momento. Sabe aquele medinho?
Para a decisão de ter o
segundo filho eu também criei uma teoria: ou você tem um bom apoio
(baba, família que mora perto e pode ajudar) e muito romantismo (as
crianças correndo de mãos dadas pelo gramado, os irmãos brincando
de cabaninha com o lençol no quarto...) ou você tem um momento de
loucura.
Assim que o palitinho
apontou positivo para o Emanuel, eu percebi que no meu caso foi uma
mistura dos dois: queria que meus filhos tivessem a relação de
irmãos, mas tinha ficado maluca pra resolver aquilo assim, daquele
jeito, sem imaginar direito como ia ser!!
Como eu ia fazer? A Oli
ainda mamava! Eu enjoava de manhã e ela queria mamar!!! Tirava ela
do berço? Colocava dois berços no quarto? Agora que ela começava a
entender que o dia nasce quando o sol sobe! Como iam ser as mamadas
da madrugada? Será que era melhor colocar cada um em um quarto?
Eu acho que a relação
da Oli com o Manu começou assim que me descobri grávida. Nós não
contamos para ela, mas tenho certeza que ela sacou. De um dia para o
outro a pequena criou uma relação de amor com a minha barriga.
Queria tirar sonecas com a cabeça na minha barriga, brincava com o
meu umbigo, brincava de assoprar... Não podia ir no supermercado e
colocar ela naquele banquinho no carrinho que a brincadeira era
levantar a camiseta da mamãe para mexer na barriga! E olha que eu
não era a grávida que fica acariciando a barriga, não foi por
estimulo ou exemplo meu ou do Adri. Era ela que percebia a força que
tinha ali dentro.
Acho que percebia também
que a mãe já não era só dela. Esperava eu melhorar dos enjôos
para mamar! Enquanto o Adri viajava ela até colocava a mãozinha nas
minhas costas enquanto eu passava mal (nem sempre dava tempo de
coloca-la no berço ou distraída com alguma coisa para correr até o
banheiro). Uma fofa!
Contamos a ela que tinha
um bebe na minha barriga quando eu estava com uns 6/7 meses. A tia
Nina deu uma vaquinha que tem um zíper na barriga, de onde sai um
bezerrinho e a Oli vinha brincando bastante com eles. Um dia, no meio
da brincadeira eu contei que na barriga da vaquinha tinha um bebe
vaca e que na minha barriga também tinha um bebe. Ela me olhou
desconfiada e a conversa parou por ai. Quando o Adri chegou em casa
no fim do dia eu falei:
- Oli, conta pro papai, o que é que tem na barriga da mamãe?E ela respondeu:
- Um bebe!
E foi assim.
Ela ajudou a escolher o
nome do Manu, que foi tão dificil. Ganhou uma cama nova e viu a
mamãe ficar graaaande.
Hoje eu olho eles dois e
me emociono constantemente. A Oli é uma querida com o Manu: beija,
pergunta dele quando não o vê, cuida, quando ele dorme ela não
fala baixo, ela sussurra. E ele? Ele segue ela com os olhos a todo
instante, da risadinhas e se puder, agarra os cabelos com força!
Comecei esse post para me
queixar, na verdade, porque eles dividem o quarto e porque a Oli
agora acorda as 5 da manha todos os dias. TODOS OS DIAS! Antes dele!
Mas retomando o começo dessa historia gostosa eu vejo que dentro de
mim ainda vive mais do romantismo do que a loucura da escolha. Ufa!
Corajosa rsrsr Os meus tem quase 5 anos de diferença , a Luna veio de "acidente" , Antonio planejado...chorei e fiquei nervosa igual kkk mas cada vez que esquecia o algodão ou caia a fralda do trocador e gritava Lunaaaa me ajuda e ela vinha correndo com o que eu precisasse fiquei feliz da diferença de idade !
ResponderExcluir