quarta-feira, 15 de maio de 2013

Irmãos


Quando a Oli fez um ano decidimos começar a tentar o segundo filho. Queríamos que eles tivessem entre 2 e 3 anos de diferença, desse jeito brincariam muito juntos e a gente nem se acostumaria a acordar as 7 ou 8 da manhã pra criar coragem de começar tudo de novo. Achamos que valia a pena começar as tentativas, já que dizem que o segundo pode demorar um pouco, afinal a mãe está cansada e bla bla bla.
Um mês depois comecei a enjoar de manhã. Ainda esperei umas semanas porque podia ser da minha cabeça, ou resultado dos meus ovários policisticos tentando trabalhar. Mas o Adriano ia viajar e resolvemos tirar a duvida de vez. Às 5 da manhã (a Oli madrugou nesse dia) eu fiz xixi no palitinho e o resultado foi imediato: já tinha um bichinho crescendo em mim.

Depois que nasci mãe (porque mãe também nasce né) eu sempre fiquei pensando que para decidir o primeiro filho você precisa ser um romântico: ver propagandas de margarina e querer tudo aquilo, se imaginar levando a cria para a escola, empurrando a bicicleta... Quando você já sabe um pouco mais do mundo infantil (como era o meu caso), das duas uma: ou você sofre um “acidente” ou você quer mas fica na duvida até o ultimo momento. Sabe aquele medinho?
Para a decisão de ter o segundo filho eu também criei uma teoria: ou você tem um bom apoio (baba, família que mora perto e pode ajudar) e muito romantismo (as crianças correndo de mãos dadas pelo gramado, os irmãos brincando de cabaninha com o lençol no quarto...) ou você tem um momento de loucura.

Assim que o palitinho apontou positivo para o Emanuel, eu percebi que no meu caso foi uma mistura dos dois: queria que meus filhos tivessem a relação de irmãos, mas tinha ficado maluca pra resolver aquilo assim, daquele jeito, sem imaginar direito como ia ser!!
Como eu ia fazer? A Oli ainda mamava! Eu enjoava de manhã e ela queria mamar!!! Tirava ela do berço? Colocava dois berços no quarto? Agora que ela começava a entender que o dia nasce quando o sol sobe! Como iam ser as mamadas da madrugada? Será que era melhor colocar cada um em um quarto?

Eu acho que a relação da Oli com o Manu começou assim que me descobri grávida. Nós não contamos para ela, mas tenho certeza que ela sacou. De um dia para o outro a pequena criou uma relação de amor com a minha barriga. Queria tirar sonecas com a cabeça na minha barriga, brincava com o meu umbigo, brincava de assoprar... Não podia ir no supermercado e colocar ela naquele banquinho no carrinho que a brincadeira era levantar a camiseta da mamãe para mexer na barriga! E olha que eu não era a grávida que fica acariciando a barriga, não foi por estimulo ou exemplo meu ou do Adri. Era ela que percebia a força que tinha ali dentro.
Acho que percebia também que a mãe já não era só dela. Esperava eu melhorar dos enjôos para mamar! Enquanto o Adri viajava ela até colocava a mãozinha nas minhas costas enquanto eu passava mal (nem sempre dava tempo de coloca-la no berço ou distraída com alguma coisa para correr até o banheiro). Uma fofa!

Contamos a ela que tinha um bebe na minha barriga quando eu estava com uns 6/7 meses. A tia Nina deu uma vaquinha que tem um zíper na barriga, de onde sai um bezerrinho e a Oli vinha brincando bastante com eles. Um dia, no meio da brincadeira eu contei que na barriga da vaquinha tinha um bebe vaca e que na minha barriga também tinha um bebe. Ela me olhou desconfiada e a conversa parou por ai. Quando o Adri chegou em casa no fim do dia eu falei:
  • Oli, conta pro papai, o que é que tem na barriga da mamãe?
    E ela respondeu:
  • Um bebe!

E foi assim.

Ela ajudou a escolher o nome do Manu, que foi tão dificil. Ganhou uma cama nova e viu a mamãe ficar graaaande.

Hoje eu olho eles dois e me emociono constantemente. A Oli é uma querida com o Manu: beija, pergunta dele quando não o vê, cuida, quando ele dorme ela não fala baixo, ela sussurra. E ele? Ele segue ela com os olhos a todo instante, da risadinhas e se puder, agarra os cabelos com força!

Comecei esse post para me queixar, na verdade, porque eles dividem o quarto e porque a Oli agora acorda as 5 da manha todos os dias. TODOS OS DIAS! Antes dele! Mas retomando o começo dessa historia gostosa eu vejo que dentro de mim ainda vive mais do romantismo do que a loucura da escolha. Ufa!

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Literatura para mães (e pais)


Ter filho é sentir o poder e a ignorância. Gravida da Oli fui a uma palestra da neurocientista Elvira Souza Lima e ela falava com encanto sobre como a formação de um feto é uma orquestra. Cada célula sabe o que deve fazer, o que deve se tornar. Realmente milagroso. E poderoso.
Mas ao mesmo tempo que aquele você gera uma vida, um dos (senão for O) atos mais poderosos, você não sabe. Não sabe como vai ser, como vai se virar, o que vai acontecer, quem você vai se tornar, quem é aquele ser... A gente simplesmente não sabe.
E vivemos na era da informação. Não saber é, no mínimo, aflitivo.
Então a gente (eu, pelo menos) busca. Busca livros, informações, técnicas, estilos de educar (depois quero falar disso também), e lê, conversa, discute, assiste, faz tudo pra tentar sentir que sabe, que está preparada.

Durante a gravidez eu li “Encantadora de Bebes resolve todos os seus problemas” de Tracy Hogg (ed. Manole) por indicação de uma amiga. Ela seguiu as dicas do livro e sua filha dormia 6 horas seguidas com 2 meses! Eu li, anotei, copiei, marquei páginas e me preparei. Já tinha claro que minha filha ia ter horários desde pequena, que eu ia me organizar, que não ia acostumar ela a dormir no colo, no peito, em movimento... ai ai. Dá até dó né?

A Oli nasceu e logo mostrou a que veio: cólicas mil, refluxo pesado, noites em claro e, claro, nenhuma rotina. E eu lutei, como lutei, pra tentar organizar, entender a lógica daquele ser que hora queria mamar de 3 em 3 horas, depois de 2 em 2...
Demorou pra eu me ligar que não existe rotina única para todos os bebês. E hoje parece tão óbvio! Como pode-se esperar que todos os bebes consigam entrar na mesma dinâmica de tempo, se cada ser é único?
Não digo que o livro não me ajudou. Ajudou sim. Graças a ele consegui identificar que o que fazia a Oli chorar tanto era refluxo, graças a ele que comecei a dar um peito até esvaziar e só depois oferecer o outro (na maternidade me disseram para dar 15 minutos um e 15 minutos o outro e não estava funcionando) e graças a essa leitura consegui visualizar (durante a gravidez) um pouco das mudanças que estavam por vir.

Quando ela tinha uns 4 meses li o “Nana Nene” de Eduard Sancho Estivill (ed. Martins Fontes) por indicação da mesma amiga que me indicou o “Encantadora”. Estava exausta e queria parar de ninar a Oli para dormir, queria que ela dormisse sozinha. Foi muito difícil decidir tentar a tecnica. Lia o livro e parecia claro, obvio e certeiro. Buscava na internet e lia relatos horrorosos, textos condenando o livro e motins contra o autor.
Acabamos por adaptar a técnica proposta para que conseguíssemos acostumar a Oli (mas foi bem sofrido a principio). Ainda assim a técnica do livro em ensinou a ouvir o choro do bebe (apesar de não estar escrito isso em nenhum lugar ali). Foi só deixando ela chorar que eu aprendi a identificar quando ela realmente estava precisando de um colo e quando ela podia passar sem eu me meter. Descobri que para dormir sozinha ela se ninava “cantando”, o que pra mim antes era um choro.

Depois que o Manu nasceu li o “Crianças Francesas não Fazem Manha” da Pamela Druckerman (ed. Fontanar) – como já comentei aqui – e a autora fala que os franceses fazem uma “pausa” antes de atender aos bebês. Lendo isso me dei conta que foi um pouco do que fizemos ao adaptar o “Nana Nene”. Às vezes só de esperar a Oli já voltava a dormir. O que parecia um choro (a principio) muitas vezes era uma reclamaçãozinha e ela voltava a dormir.
Me dei conta de que não estava fazendo isso com o Manu e aos poucos tenho tentado esperar para atender a seus chamados (ele divide quarto com a Oli, o que dificulta esse movimento), mas acho que isso tem ajudado o pequeno a pegar no sono sem precisarmos resgatar ele do berço todas as vezes que acorda (de madrugada o papo já é outro...).
Sinto que, com todas essas possibilidades de fontes de informação, pesquisas, para não mencionar os palpiteiros de plantão, muitas vezes nós esquecemos de parar e ouvir. Ouvir o bebe e ao nosso instinto, e por isso muitas vezes nos atropelam os na ânsia de fazer o certo.
Por isso, cada vez mais, tenho tentado filtrar essas diferentes opiniões que nos atingem atraves de livros, sites, revistas, amigos, blog (como eu no caso) que pretendem ajudar e acabam confundindo. Desse jeito dá pra tentar pegar o que se adequa a você e ao seu pequeno/a.

E você? Que livros(s) leu que te ajudaram a enfrentar a “batalha” que é educar?

terça-feira, 7 de maio de 2013

Aprender a esperar


Quando a Oli era pequena, com 1 ano e pouco, fomos almoçar com alguns amigos. Me preparei levando brinquedos, livro e um gibi, pois sabia que esses almoços costumam demorar.

Chegamos ao restaurante e a bichinha sentou feliz no cadeirão e logo começou a se esbaldar com o couvert e o suco (almoços com amigos nunca são na hora exata da refeição da criança e ela já estava varada de fome). Fizemos os pedidos e continuamos batendo papo enquanto ela ganhava um pedacinho de pão com manteiga, “experimenta esse filha, é com cenoura”, e assim em diante. Passado um tempinho resolvi que era uma boa ideia diminuir a quantidade de pão que ela estava ganhando para que ela almoçasse pelo menos um pouco do que havíamos pedido. Saquei os brinquedos da bolsa e ela se distraiu.

A comida chegou, começamos a comer e, depois de 3 garfadas a Oli estava satisfeita. Como ela estava ao meu lado eu ia distraindo ela com os brinquedos, apontando coisas no restaurante e “puxando” assuntos variados.

Quem já comeu assim sabe, é um saco. Você come sem perceber o que come, a comida esfria, você quer que aquele almoço termine logo antes da pequena despirocar e resolver que legal mesmo é ir pro chão, que a cadeira “tá dura” ou que ela só quer ir lá fora “só um pouquinho”.

Qual não foi a minha surpresa quando surge um celular com uma galinha pintadinha na tela cantando e alegrando a minha pequena terrorista. Terminamos o almoço tranquilamente.


Observando as mesas em volta me surpreendi com a quantidade de tablets em uso. Em uma mesa com dois casais as mulheres mexiam em seus aparelhos, e de vez em quando comentavam entre si algo que liam/viam.

Em outra mesa um casal com um bebê comia tranquilamente enquanto o pequeno assistia a um filme sentado no seu carrinho. Em outra, com uma grande família, uma criança de 5/6 anos brincava com algum joguinho no tablet em silencio. Só se manifestava quando perdia e nesses momentos era contida pelos pais, que ameaçavam tirar o aparelho caso ele continuasse a ficar tão bravo quando perdesse.

É obvio que o uso dos tablet e celulares é uma super mão na roda para os pais, mas ainda assim fiquei pensando no que essas crianças estavam aprendendo durante aqueles almoços em família.

Dia desses li “Crianças francesas não fazem manha” (de Pamela Druckerman, ed. Fontanar) e no livro a autora fala sobre a capacidade das crianças de esperarem.

Para abordar esse tema ela entrevistou Walter Mischel, responsável pelo teste do marshmallow no final dos anos 60 (o teste consiste em deixar uma criança sozinha em uma sala com um marshmallow e explicar a ela que aquele marshmallow é dela, mas que se ela esperar alguns minutos, até que o adulto volte sem comer o doce, ela ganhará mais um – na net tem videos incrivelmente engraçados com esse teste refeito). No livro Walter conta a Pamela que reparou que as crianças que conseguiam esperar os 15 minutos para então serem gratificadas com mais um marshmallow eram crianças capazes de se distrair com alguma coisa:



“As crianças que conseguem esperar facilmente são as que aprendem durante a espera a cantar uma musica para si mesmos, ou a mexer nas orelhas de um jeito interessante, ou a brincar com os dedos dos pés e transformar isso em um jogo” (Crianças Francesas não fazem manha, pag. 72).



Não conheço o trabalho do sr. Mischel, mas essa colocação dele me parece de uma lógica inegável. Quantas vezes não estamos na fila do banco, na sala de espera do médico ou coisa parecida e acabamos inventando maneiras de passar o tempo? Eu conheço gente que conta quadros, madeiras no piso, conheço gente que batuca, gente que inventa histórias para as pessoas à sua volta, que canta e até quem fala sozinho. O fato é que atualmente vemos mais pessoas olhando para a tela de um celular do que observando a sua volta e isso me parece uma perda em muitos momentos. Será que em prol do nosso conforto não estamos privando os nossos filhos de aprenderem a se entreter sem a ajuda de artifícios?



Aqui em casa usamos sim o iphone em alguns momentos com a pequena. Quando ela acorda às 6 da manhã e ainda estamos vesgos de sono é uma ótima maneira de esticar a preguicinha na cama com ela ao nosso lado. Selecionamos uns clipes legais, como Palavra Cantada, e ganhamos uns minutos. As vezes só de ficar olhando as fotos e videos que fazemos deles ela já se distrai.

Acho que pode ser uma boa ferramenta para momentos de apuro. Acredito, apenas, que o grande problema é quando a relação com a tela supera a humana.



E você? Ensina a esperar? Como você regula o uso dessas “feitiçarias modernas” (com você e filhos)?

segunda-feira, 6 de maio de 2013

O sono


Sabe como reconhecer uma mãe que sofre com a falta de sono (isso caso esteja muito escuro e não dê para ver as olheiras)? Assim que ela encontra outra mãe ou pai com um filho da idade próxima ao do seu seu ela pergunta: E de noite? Ele dorme?

Eu sei porque já fui essa mãe. Perguntava na ânsia de poder trocar figurinhas, pegar dicas e principalmente ouvir: “ Ah, é assim mesmo, até tantos meses é normal.” ou melhor: “Fica tranquila que eu GARANTO, semana que vem ela dorme a noite toda”. Claro que nunca ninguém disse isso.

Muito pelo contrario, encontrava mães realizadas:
- Ah, a Fulaninha dorme 8 horas seguidas desde os 2 meses. É ótimo! E ela ainda acorda e fica brincando no berço até eu acordar!
Eu ficava ali, olhando para aquela pele de alabastro de quem tem o soninho da beleza todas as noites e tentava disfarçar a inveja:
- Nossa, que incrivel! Que bom pra você... Vou levar ela lá pra casa pra ensinar a Oli que dormir é bom assim.
 
E tentava descobrir o segredo. Aposto que a Fulaninha não dorme de dia... Era o leite? Não devia só mamar no peito... Mas a mãe de pele reluzente garantia que não, a pequena dormia de dia que era uma beleza, até dava tempo dela ir fazer yoga, a unha, tirar uma soneca e só mamava no peito...

Chegou uma hora que parei de perguntar. Sou uma pessoa tranquila, mas era melhor não ouvir esses detalhes sórdidos de noites bem dormidas. Perigava de eu começar a ligar de madrugada na casa da Bela Adormecida toda vez que o meu anjinho acordasse de noite, só pra ouvir o “Alô” bêbado de sono e desligar com um sorriso de prazer...

Logo que nossos amigos que ja eram pais souberam que eu estava gravida da Oli a piada era sempre a mesma: "O que vocês tão fazendo acordados? Vai dormir, pq depois...", ou: "Ta dormindo bem? Aproveita, pq depois...".
Frente a essas piadas a gente sorria amarelo e encerrava o assunto. Ê mania chata desse povo de ficar urucando!

Depois de ter a Oli eu entendi.
A falta de sono atordoa, frustra. O dia não funciona e quando chega a noite você não vê a hora de acabar porque é uma tortura ver aquela noite escura, saber que todos dormem e que você continua ali, batendo ponto.

Durante a gravidez eu li alguns livros que pretendem preparar a mãe para o que está por vir. Li o “Encantadora de Bebes” e o “Nana Nene”, alem de acessar sites com dicas e discussões entre mães sobre como e o que fazer. Mas a verdade é que quando o seu pacotinho chega, ele já é um ser com preferências e um jeitinho todo dele, e a gente tenta se virar (sem saber bem como), por isso as dicas que pretendem ajudar muitas vezes atrapalham.

Nos primeiros meses da Oli troquei uma série de e-mails com amigas que passavam pelas mesmas aflições e vi que cada uma “lutava” com as armas que tinham: eu ninava, pulava na bola de pilates (ela amava) e ficava exausta, uma dormia com a pequena ao seu lado na cama, dava de mamar dormindo e assim acordava mais bem disposta. A outra deixava o pequeno em um moisés ao lado da cama e a terceira (cuja filha já era mais velha) contou que aplicou a técnica do livro “Nana Nene” e que a filha aos 4 meses já adormecia sozinha, apenas na companhia de um paninho. Com essa declaração nasce outra discussão: Deixar chorar?

Aqui em casa foi a solução. Adaptamos o “Nana Nene” e aos poucos a Oli entendeu que o berço era um lugar bem gostoso. Com 1 ano e 5 meses ela foi para um colchão no chão e desde então a hora de dormir é uma delicia. No começo deixamos ela acordada e assim que saímos do quarto ela aproveita para acender o abajour e explorar todas as prateleiras, brincar com os bichinhos, folhear livros. Eventualmente ela acabava dormindo e então apagávamos a luz que ela deixara acesa.
Hoje ao sairmos do quarto ela acende a luz, folheia um livro, apaga o abajour e dorme – parece mentira e eu estou me gabando como aquela mãe da pele linda.

Já o Manu acho que não vamos precisar deixar chorar. Com a correria do fim do dia acabo deixando ele no berço enquanto dou banho na Oli e muitas vezes ao voltar ele já adormeceu (de novo, acho q to me gabando). Cada vez mais me convenço que o sono deles está diretamente ligado ao meu estado de espírito e ao meu nível de ansiedade, por isso dizem que segundo filho é mais tranquilo. Algumas noites ele dá mais trabalho, acorda diversas vezes até embarcar de vez e aí só o colo salva, mas tudo bem, agora eu sei que a gente chega lá (inclusive nas sonhadas noites ininterruptas – ele ainda mama uma ou duas vezes por noite).
E você? Está sem dormir? Deixa/ou chorar?
Qual a sua estratégia para uma boa noite de sono (ou pelo menos a tentativa)?

domingo, 5 de maio de 2013

O começo


     Acho que comecei a pensar em escrever um blog quando a Oli nasceu (em fevereiro de 2011). A enxurrada de emoções, aprendizagens, frustrações (principalmente) que a maternidade traz me compelia a escrever.
     Logo depois da primeira noite dela em casa eu já tinha um pequeno texto que enviei às amigas mais próximas.
     Escrevi muito em seu primeiro ano. Alguns textos eu compartilhava com amigos e parentes e outros eu guardava para mostrar a ela daqui a alguns anos.
     Com o tempo as ansiedades da maternidade acalmaram e eu não sentia mais tanta necessidade de extravasar esses sentimentos.
     O Manu veio (em novembro de 2012) e eu agora não escrevia mais por não ter tempo, mas a vontade de compartilhar e aprofundar as minhas reflexões sobre educação e os desafios que os pais enfrentam não passou, muito pelo contrario, cresceu.
     Hoje eu venço (ou pelo menos luto contra) a minha timidez e me abro para a possibilidade de compartilhar as culpas, alegria e duvidas que esses seres incríveis trazem em seus pacotinhos quando chegam em nossas casas.
     Bem vindo/a, achegue-se, tira o sapato que a casa é nossa.